Dia Nacional da Atenção a Disfagia
20 de março
Dia Nacional da Atenção a Disfagia
Deglutir com
segurança e eficácia é de fundamental importância para a manutenção das condições biológicas,
sociais e emocionais de qualquer indivíduo. O Dia Nacional de Atenção à Disfagia foi
criado com objetivo de auxiliar a população a reconhecer esse sintoma, alertar
sobre seu risco para a saúde, divulgar medidas de prevenção e orientar sobre
o que fazer diante da suspeita de disfagia.
O que é DISFAGIA?
A dificuldade para
engolir alimentos, líquidos ou saliva em qualquer etapa do trajeto da boca ao
estômago
é chamada de disfagia. A disfagia é um sintoma que afeta ou aumenta o risco de
comprometimento do estado nutricional e hídrico, saúde geral e impacto negativo
na qualidade de vida.
Quem tem mais risco de ter DISFAGIA?
Crianças: bebês
prematuros, má formação do sistema digestivo, fissura
labiopalatina, síndromes (como a de Down, por exemplo), e doenças neurológicas.
Adultos: doenças neurológicas
(por exemplo, AVC, Esclerose Lateral Amiotrófica, Doença de Parkinson,
Esclerose Múltipla, demências); traumatismos crânioencefálicos;
alterações
mecânicas
(por exemplo, câncer de cabeça e pescoço, queimaduras,
refluxo gastroesofágico, doenças cardíacas);
Idosos: estão mais suscetíveis
à disfagia porque os fatores acima mencionados podem estar associados a algumas
mudanças
naturais decorrentes do envelhecimento que favorecem dificuldade para deglutir
como, por exemplo, a perda de força muscular e a redução de velocidade,
precisão
e coordenação dos movimentos.
Por que é importante dar atenção à DISFAGIA?
A Disfagia e suas
complicações ocasionam:
–
aumento do risco de pneumonia aspirativa e debilidade de saúde geral; causado
pela desnutrição e desidratação;
–
aumento do tempo de internação, o que representa maior risco de
infecções,
maiores custos com os cuidados e serviços hospitalares e mortalidade;
–
impacto negativo na qualidade de vida, com perda do interesse e do prazer em se
alimentar;
Qual é o impacto da
Disfagia na população?
–
16 a 22% da população apresentam problemas de deglutição, mas não procuram ajuda;
–
50% dos pacientes que tiveram acidente vascular encefálico têm disfagia;
–
85% dos pacientes com paralisia cerebral têm disfagia;
–
45% dos pacientes que apresentam câncer de cabeça e pescoço têm disfagia;
–
52 a 82% dos pacientes com doenças degenerativas têm disfagia;
–
27,2% dos idosos residentes na comunidade têm disfagia. Esse número aumenta
para 47,5% quando são idosos com histórico de hospitalização e 52,7% se forem
residentes de instituições de longa permanência.
Como tratar a DISFAGIA?
O tratamento da
disfagia é multidisciplinar e nele estão envolvidos médicos, fonoaudiólogos,
nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.
Cada profissional tem sua função no tratamento da disfagia
orofaríngea. A disfagia é uma das especialidades do fonoaudiólogo, portanto,
este profissional está habilitado a realizar avaliação da deglutição orofaríngea para
identificar quais as alterações existentes e se há possibilidade
de alimentação por boca de forma segura. Se você
perceber sinais ou sintomas de disfagia procure rapidamente uma equipe de saúde
para que o diagnóstico e tratamento corretos sejam feitos. Quanto antes você
buscar ajuda, mais chances de sucesso no diagnóstico e tratamento.
Veja abaixo algumas dicas:
–
Alimente-se em posição confortável, de preferência
sentado;
–
Alimente-se em ritmo e velocidade confortáveis e seguros;
–
Evite distrações enquanto se alimenta (conversar
enquanto está deglutindo, assistir TV, ouvir rádio, permanecer em ambiente
barulhento, etc);
–
Se identificar consistências alimentares que causam dificuldades, procurar a
equipe de saúde para que as adaptações necessárias sejam feitas;
–
Se presenciar alguém engasgando, nunca ofereça água ou coloque o
dedo na garganta da pessoa. Deixe-a tossir e caso você não seja treinado
para realizar manobras de primeiros socorros, procure rapidamente alguém
habilitado;
–
Não
fique com dúvidas a respeito de sua deglutição. Procure uma
equipe de saúde especializada para lhe ajudar;
O
tratamento para disfagia existe e envolve uma equipe multiprofissional dentre
os quais estão médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros e
fundamentalmente os fonoaudiólogos que são os profissionais aptos ao trabalho
específico da função.